Inside Out

Esta peça site-specific é o culminar de um processo de integração emocional e corporal dos intérpretes, desenvolvido ao longo de 4 anos, através de uma abordagem simultaneamente terapêutica e artística.

Inside Out


Ficha Artística:

Criação: Ana Beatriz Degues, Maria Goretti Coelho
Interpretação: Ana Agapito, Ana Santos, Cristina Gentil, Maria Abreu, Mariana Catalão, Patrícia Churro, Patrícia Pereira, Pedro Fonseca, Rita Vilhena
Música ao Vivo: Dj Very Mary e Mário Teixeira
Parceria: Parques de Sintra – Monte da Lua


 

Esta peça site-specific é o culminar de um processo de integração emocional e corporal dos intérpretes, desenvolvido ao longo de 4 anos, através de uma abordagem simultaneamente terapêutica e artística.

Alguns dos elementos do grupo iniciaram este trabalho mais recentemente, colocando os mais antigos como catalisadores de um certo atrevimento, chamando os mais novos a arriscar um pouco mais.

De certa forma, a presença de um grupo heterogéneo em termos de experiência, inspirou-nos a criar momentos de interação dinâmica entre os diferentes ambientes emocionais característicos das diferentes etapas de desenvolvimento psicológico. Quer isto dizer que todo o processo de grupo foi marcado por uma viagem de ida a momentos mais precoces e de regresso a estados mais atuais, conseguindo um pulsar (contração-expansão) que permitiu saltos verdadeiramente quânticos nos processos individuais de cada um.

Trabalhámos sobre os principais aspetos do desenvolvimento humano, tentando colmatar as falhas no processo de socialização e de abertura ao outro, tornando os nossos alunos mais capazes de sair das zonas de conforto das velhas referências, e aventurar-se no mundo.

A Comunicação é o tema central de Inside Out. A abertura do olhar, movida pela curiosidade e instinto gregário, é o fio invisível que os transporta do seu umbigo em direção a múltiplos encontros criativos.

Os movimentos contidos, circunscritos a um pequeno espaço, são seguidos de uma expansão, através de uma corporalidade ousada e mais complexa.

Esta peça é composta de ciclos alternados inside-out, onde o medo do desconhecido é vivido como um tempo de nutrição, servindo de base segura para a coragem de avançar um pouco mais.

O espaço cénico é caracterizado por uma área que representa o ambiente securizante e familiar, e outra – a mais próxima do público, que representa a saída para além da zona de conforto, onde poderá acontecer o inesperado. Quer os intérpretes quer o público terão oportunidade de criar algo que transcenda o que é habitual e conhecido.

Há dois momentos marcantes que iniciam a chamada para a ousadia - qualidade psicológica que permite a desconstrução dos registos habituais, mutiplicação de gestos e complexificação de linguagens, num desafio constante da capacidade de criar novas ligações.

Num crescendo de afirmação autêntica perante o olhar dos outros, a Voz aparece como a nota de expansão máxima da autoconfiança, onde também o público é convidado a participar.

A música improvisada de Mário Teixeira influencia e é influenciada pelos movimentos irrepetíveis dos intérpretes, imersos nos seus processos pessoais de transformação, traduzindo a simbiose perfeita que é gerada pelo estado de fluxo criativo.

É com muita alegria que nos arriscamos a trazer à rua, na mágica e histórica Vila de Sintra, a coragem de abraçar a vulnerabilidade enquanto reserva de força, confiança e criatividade.

Previous
Previous

Tempo. Tiempo. Time.

Next
Next

Génese De Mim